sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Uma Viagem aos Himalayas


Este artigo foi escrito durante a primeira
das duas décadas de viagem à Índia,
num alvorecer muito especial.

" 1975. Pela primeira vez na vida, estou fora do meu país. Estou sozinho na Índia. E sozinho subi às montanhas para sentir a neve e ficar um pouco comigo mesmo, avaliando as experiências vividas nesse país meio mágico.
É um silêncio impressionante. Tudo branco. Rapidamente entrei em meditação e nunca tinha ido antes tão fundo. Houve um momento em que meus olhos e aquilo que eles enxergavam, tornara-se uma só coisa. A tênue luminescência da tarde que se extinguia, tornou-se um oceano de luz indescritível. Eu não era mais eu; nem estava confinado a este corpo, a este lugar, ou a este tempo. Percebia,num clarão, o pulsar das moléculas e o palpitar das galáxias. Percebia, de uma forma libertadora, a minha própria pequenez e, ao mesmo tempo, a incomensurável grandeza do Ser Humano. Compreendia, de uma forma impossível de descrever, que toda a matéria é ilusória, como ilusória é a vida e a própria morte. E entendi que não poderia haver outra razão para o nascimento, se não a aquisição deste bem-aventurado estado de consciência.
Eu estava dissolvido na Luz, e eu era Luz, Luz que estava dissolvida no Som e que era Som e eu oscilava etéreo nos acordes do Universo. Não estava no mundo exterior nem no mundo interior. Era como se existisse um outro que extrapolasse a dualidade do "dentro e do fora", do "eu não-eu", do "ser e não ser", para afinal, fundir o tamás e o rájas na definitiva dimensão de sattwa.
Permaneci algumas horas assim. Quando, desafortunadamente retornei a consciência limitada das formas, já era noite e eu estava banhado em lágrimas que congelavam meu rosto.


Leia o texto completo no livro Mensagens- Mestre DeRose
Postado por Regina W. Zarling





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