| Marcelo Fiúza |
Plástico ecológico
Em tempos de aquecimento global a atenção se volta para ques tões como desenvolvimento sus tentável e fontes alternativas de energia e matérias-primas. Com sua imensa área cul tivável, pos sibilidade de colher mais de uma safra por ano e há muito tempo investindo em pesquisa, o Brasil é vanguarda mundial na pro dução de álcool a partir da cana-de-acúcar e, mais recentemen te, como conse quência natural do fortalecimento do setor su croalcooleiro no país, desponta tam bém em uma área das mais promissoras: o chamado plástico ver de. Produzido a partir do etanol, o produto tem a mesma qualidade e resistência daquele originado de uma fonte fóssil, no caso, o petróleo. Mas apresenta uma série de vantagens, como o saldo negativo de CO2 (o processo de produção re tira mais gás carbônico da at mosfera do que emite), um dos gases responsáveis pelo efeito estufa.
O fato de ser totalmente reciclável, é atrativo a mais para in dústrias interessadas em ter co mo diferencial a responsabilidade ambiental. Em ou tubro passado, a fá brica de brinquedos Es trela saiu na frente na utilização dessa nova matéria-pri ma e lançou o Banco Imobi liá rio Sus ten tável. A no vidade foi possível a partir de um acordo da indústria de brinquedos com a Braskem, petroquímica brasileira que de sen volveu o projeto Polie tileno Ver de e forneceu a ma téria-pri ma para o jogo. “A Estrela é pioneira no mundo na utilização do plástico que vem de fonte renovável. Sempre tivemos preocupação de usar tecnologia de ponta nos novos produtos”, atesta Ayres Leal Fer nan des, diretor de marketing da empresa. A Estrela também fez pequenas modificações no tradicional jogo: “As cartas de sorte e revés premiam ou dão penas a quem não atua corretamente com relação ao lixo reciclável. E não trabalhamos com dinheiro, mas com créditos de carbono”, diz Fernandes. “Nossa idéia a médio prazo é termos 100% da nossa linha com essa matéria-prima”, afirma o executivo.
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